terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dicas de iluminação: LEDs - Durabilidade e eficiência na arquitetura


                               DURABILIDADE:
Desde que surgiram os LEDs de potência para iluminação geral apareceram alguns conceitos que pareciam verdadeiros e definitivos        quanto a sua durabilidade.  Falávamos nas aulas e palestras que um LED consumia em média um Watt e durava 100.000 horas.
Com o passar do tempo as coisas foram ficando mais claras, pois com a utilização prática, começou a aparecer a verdade em relação a durabilidade e se foi descobrindo que o tempo de vida do LED é alterado por vários fatores, como umidade, temperatura-dissipação do calor, qualidade da corrente de alimentação e outros fatores igualmente importantes.  A partir de então começamos a pensar LED com sua real durabilidade, considerando o impacto desses fatores e então definindo cada tipo de LED com uma durabilidade específica.
O normal é que os LEDs variem de 10.000 até 50.000 horas.  Alguns casos especiais eles conseguem passar das 50.000 horas e até tangenciar 100.000 horas, mas como são casos especialíssimos, devemos considerar como exceções.  Importante verificar nos catálogos dos fabricantes e embalagens, qual a vida de cada produto.  Isso vale para LED como para qualquer lâmpada.
                                               A exemplo de lâmpadas normais, a eficiência luminosa do LED pode afetar sua vida, pois se colocarmos um LED numa corrente menor que a nominal exigida para ele poderá durar mais, porém iluminará menos.  Lembrem-se que se colocarmos uma lâmpada de filamento incandescente de tensão 220V numa instalação de 127V, essa lâmpada durará muito, mas iluminará muito pouco.  Sendo um produdo elétrico, o LED não foge a esta regra.
                                               Por isso tenham cuidado ao comprar e instalar produtos de LEDs, pois como já escreví neste Blog existem LEDs de sinalização de baixo rendimento e eficiência vendidos como LEDs de potência para iluminação e o resultado é catastrófico.  Por isso, não caiam na simplificação do preço baixo.  LEDs de qualidade custam caro, ao menos por enquanto.  Comprem de fabricantes que lhes garanta a qualidade e durabilidade daí decorrente.
                               Um dos principais fatores que impactam na redução da vida de um LED é a falta de dissipação térmica.  O LED não emite nenhum calor junto com a luz, ou seja, na faixa da luz não existe UV-Ultra Violeta , nem IR-Infra Vermelho, sendo por isso excelentes para iluminação a pouca distância, inclusive de obras de arte, pois não desbotam, nem deterioram as peças.  Por outro lado, para trás a emissão de calor e muito intensa, violenta mesmo e por isso devem ter um bom sistema de dissipação de calor, normalmente feitos com peças de alumínio.

                               EFICIÊNCIA DOS LEDs NA ILUMINAÇÃO DE INTERIORES:
                                               Moda é algo que mexe com a economia, com os costumes e até com nossa ansiedade por consumir, pois o que está na moda, normalmente é novidade.  No caso dos LEDs tenho falado em minha aulas e palestras que os arquitetos devem ter muito cuidado ao sugerir e projetar sistema de iluminação de interiores com LEDs.  O modismo, neste caso, pode trazer incômodos aos clientes e aos projetistas.
                                               Temos que partir do princípio que a iluminação de interiores deve ser confortável e, para mim, conforto em termos de cor de luz para interiores é algo na faixa de 3.000K, que é a cor das lâmpadas halógenas, seja dicróica, lapiseira, halopim, Ar 70, Ar111.
                                               Atualmente temos LEDs que iluminam nessa faixa de cor de luz (3.000K), porém temos que considerar outros aspectos como, se temos necessidade de que a iluminação projetada dure 50.000 horas, pois em muitos casos dois anos depois a pessoa que habita aquela residência quer trocar a iluminação.  Logo teremos feito um grande investimento cuja a principal caracterísitca é a durabilidade e não usaremos essa vantagem.  Vale o mesmo raciocínio para iluminação comercial, onde as lojas de grande poder aquisitivo, que podem pagar pelos LEDs, são justamente as quem tem menor tempo de utilização do sistema de iluminação e trocam, em média em dois ou três anos.
                                               Em todos os casos há que se calcular o custo benefício e não apenas instalar porque é novidade.  Temos que considerar todos os fatores, especialmente os indicados acima, mas especialmente temos de ter o cuidado de, quando fomos realmente projetar iluminação de interiores com LEDs, para não abrir mão da qualidade do produto e, como dizia a velha propaganda de lubrificante “qualidade não é luxo, é até economia”.
                                               Conheço arquitetos e projetistas que especificaram LEDs para toda a iluminação interna de uma residência, sem se preocupar com a qualidade da luz, o conforto e a praticidade.
                                               Lembrem-se da beleza, funcionalidade e conforto da luz das lâmpadas halógena e até das fluorescentes compactas, comparando com a durabilidade, eficiência  e novidade dos LEDs de boa qualidade e defina o que será mais indicado no seu projeto, mas,  só não se deixe levar pelo apelo fácil do modismo.
                                              
                                               Até a próxima !
                                                               MAURI

Nenhum comentário:

Postar um comentário